Pelo menos 2,1 mil usuários visitaram o projeto Orla Digital, em frente ao Copacabana Palace, neste domingo (27/7), quando técnicos da Secretaria de Ciência e Tecnologia permaneceram no local para tirar dúvidas sobre o acesso gratuito à internet, por meio de uma rede de comunicação em banda larga sem fio. No estande montado entre a areia e o calçadão foram instalados 10 computadores, além de mesas e cadeiras. O espaço recebeu um público formado por pessoas de todas as idades.
O secretário de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, esteve no local conversando com moradores e freqüentadores da Orla de Copacabana, que experimentaram a oportunidade pioneira de acessar a rede, gratuitamente, combinando tecnologia da informação e oportunidade de lazer.
Cardoso lembrou que o acesso livre à internet é uma tendência mundial e disse que a estrutura do projeto Orla Digital não se destina a uma competição com os provedores.
- Vamos colocar na rede um conteúdo de questão educacional, científica, de medicina e monitoramento ambiental. É uma rede específica e diferenciada, que é função do estado. Já na Baixada teremos conteúdo de ensino técnico, graduação, ensino superior à distância – comentou.
Roberto Rosa, 56 anos, administrador, morador do bairro Maracanã, que aproveitou o domingo de sol para ir à praia, considerou a idéia espetacular.
- A praia normalmente atrai muita gente e muitos sentem a necessidade de acessar a rede, mesmo estando em Copacabana – disse.
A banhista Aline Silva, 23 anos, estudante de pedagogia e moradora na Rua Siqueira Campos, aproveitou para conhecer o projeto e também gostou. Ela contou que caminha na praia aos sábados e domingos e, normalmente, acessa a internet em uma lan house ou no laboratório da faculdade.
Munida com seu laptop, a médica Tânia Leite, moradora da Barra da Tijuca, aproveitou a novidade junto com as amigas Ianoali Freitas, arquiteta, e Kátia Borges, funcionária pública.
- Fazer o quê em casa, se poder acessar da praia é maravilhoso- observou.
Eduardo Moura, 32 anos, administrador de empresas, utilizou o serviço para configurar o celular e colocar o ícone à mostra, facilitando o acesso. Para ele, na praia, o manuseio através do celular é mais fácil e seguro.
- Um laptop é legal nos bares, tomando um café e vendo os recados na internet - disse.
O projeto técnico da Orla Digital é coordenado pelos professores Luís Felipe Magalhães de Moraes e Claudio Amorim, responsáveis, respectivamente, pelos Laboratórios de Redes de Alta Velocidade (Ravel) e Computação Paralela (LCP), do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe/UFRJ. Na Baixada, o projeto será coordenado pela UFF, e está previsto convênio com a Universidade da Terceira Idade, para dar conteúdo à rede.
Segundo Alexandre Cardoso, a novidade de conteúdo que inclui parcerias com a UERJ, na Telemedicina, com o Instituto de Matemática Pura e Aplicada, e a Academia Brasileira de Ciências, deverá ter início em cerca de noventa dias.
- A gente entende que tem um simbolismo. É a primeira parte da orla do Brasil que tem internet a céu aberto e numa área de 100 mil pessoas - comemorou.
Sobre o questionamento de alguns usuários, com relação a insegurança em levar o laptop para a praia, o secretário disse que essa preocupação abre um outro caminho que é o de colocar câmeras para monitorar o movimento na área.
- Você não pode imaginar não ter tecnologia por medo. Aqui é um exemplo que precisa vencer o medo - concluiu.
Fonte: Portal do Governo do Estado do Rio de Janeiro
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