19 abril 2008

UFRJ terá pólo de ciência, tecnologia e inovação na Baixada Fluminense

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) terá um novo campus em Xerém, no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Serão oferecidos cursos de graduação em áreas novas como nanotecnologia, metrologia, bio-informática, ciências forenses e biotecnologia, com o objetivo de estabelecer um pólo de ciência, tecnologia e inovação.

O coordenador do projeto, professor Olaf Malm, do Instituto de Biofísica da universidade, informou nesta sexta-feira que a intenção é "fazer um pólo multidisciplinar, com cinco bacharelados inicialmente, a fim de estabelecer um campus com um formato novo de graduação – nos dois primeiros anos o ciclo básico é comum e, depois, os alunos se orientariam nessas especialidades”.

A iniciativa partiu dos Institutos de Biofísica e Bioquímica e foi encampada pelas outras unidades da instituição. A intenção é, posteriormente, colocar cursos também da área de Humanas, acrescentou o professor.

Os dois prédios do novo campus serão construídos pela Prefeitura de Duque de Caxias em terreno cedido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O convênio já foi assinado pela universidade com seus parceiros. A prefeitura disponibilizará também pessoal de apoio, para manutenção e segurança.

Olaf Malm disse que os cursos atenderão à população da Baixada, "mas como se trata de bacharelados novos – alguns não existem em nenhum outro lugar –, poderão atender a interesse de candidatos de qualquer região do estado e até de fora".

O projeto, informou, conta ainda com a parceria do governo fluminense, que pretende instalar um pólo da Fundação Centro de Educação Superior à Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cederj) no local, para também oferecer essas novas modalidades de bacharelado futuramente: "Isso amplia muito a possibilidade de alunos de todo o país participarem desses cursos.”

Malm disse ainda que a idéia do governo estadual é direcionar a escola pública de 1º e 2º graus existente na área para a formação de tecnólogos nesses campos do conhecimento. A parceria, segundo ele, reduz a participação do governo federal no processo, em termos de custos.

“O poder federal entraria mais com os professores e os equipamentos para os laboratórios e salas de aula”. O projeto está inserido no Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

As obras serão iniciadas neste semestre e, de acordo com o professor, o novo pólo poderá ser aberto “com [cursos de] biotecnologia e bio-informática – no primeiro semestre de 2009, a gente teria as outras modalidades também funcionando”.

Fonte: O Dia

09 abril 2008

Governo lança programa que levará internet em banda larga a escolas públicas até 2010

O governo federal lançou, nesta terça-feira, em Brasília, o programa Banda Larga nas Escolas, que vai permitir a instalação de conexões em banda larga (internet em alta velocidade) nas escolas públicas urbanas de ensino básico do país até 2010. Em solenidade, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Sardenberg, informou que 56,9 mil escolas públicas de educação básica do país terão acesso à internet veloz ao longo de dois anos, sendo beneficiados mais de 37 milhões de estudantes da rede pública de ensino.

Pelo programa, 2,1 mil escolas estarão conectadas à internet até junho deste ano. Até o fim deste ano 40% das escolas estarão ligadas a internet e outros 40% até o fim de 2009. Em dezembro de 2010 o programa chegará às 56.685 mil escolas de ensino médio e fundamental do país, que englobam 86% dos estudantes da rede oficial tenham acesso à rede de computadores.

- É o resultado do esforço conjunto e articulado de vários ministérios, de vários órgãos e de várias empresas privadas - disse a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

A velocidade de acesso será de 1 megabytes por segundo e, após janeiro de 2011, a velocidade será elevada para 2 megabytes. Quatro operadoras de telecomunicações, Telefônica, Brasil Telecom, Cercontel, e Companhia de Telecomunicações do Brasil Central (CTBC) vão instalar conexão em alta velocidade e serão responsáveis pela ampliação periódica da velocidade para manter a qualidade e a atualidade do serviço até 2025. Segundo o presidente da Anatel, a velocidade de acesso será revista semestralmente e, até 2025, a conexão será gratuita com qualidade comercial .

Um decreto, publicado no Diário Oficial da União, na segunda-feira, trocou a obrigação das operadoras de telefonia em instalar Postos de Serviços de Telecomunicações (PSTs) pela de levar aos municípios um sistema chamado backhauls, que é a infra-estrutura de rede para conexão em banda larga. De acordo com o decreto, os backhauls devem estar presentes em 40% das sedes dos municípios até 31 de dezembro de 2008; em 80% até 31 de dezembro 2009 e na totalidade dos municípios até 2010. O decreto formaliza ainda a mudança na legislação sobre o Plano Geral de Metas para a Universalização (PGMU), que estabelece os objetivos de inclusão a serem cumpridos pelas concessionárias.

Em entrevista à Agência Brasil, o secretário de Educação a Distância do MEC, Carlos Eduardo Bielschowsky, destacou que a banda larga faz parte de um conjunto de iniciativas do Programa Nacional de Informática na Educação (Proinfo), que vem instalando computadores e capacitando professores em todo o país. Segundo ele, o serviço trará duplo benefício aos alunos: a dinamização do ensino, com a possibilidade aulas em linguagem mais moderna e a realização de pesquisas, e a inclusão digital.

- Boa parte dos alunos das escolas públicas não tem computador em casa, então eles vão poder fazer também a sua iniciação digital. Essas crianças chegam ao final do Ensino Médio sem saber usar computador. Eles vão ter na escola a oportunidade de aprender a usar o computador e sair para o mercado de trabalho, se for o caso, sem essa deficiência crônica.

O Proinfo prevê, entre outras estratégias, a instalação de laboratórios de informática em 135 mil escolas públicas até 2010 e a capacitação, só em 2008, de cerca de 150 mil professores para usar a tecnologia na dinamização do ensino. Hoje, das 77 mil escolas públicas urbanas com ensino básico, que concentram mais de 90% dos alunos atendidos pelo ensino público, cerca de 40 mil contam com laboratórios de informática e apenas 20 mil têm acesso à internet.

O alcance da parceria firmada pelo governo federal com a Anatel é restrito a escolas urbanas. De acordo com o MEC, cerca de 15 mil escolas rurais serão atendidas com banda larga em 2008 e 2009 por outra iniciativa ligada ao Ministério das Comunicações.

Ministro defende uso de fundo de universalização

Durante o lançamento do programa "Banda Larga nas Escolas", o ministro das Comunicações, Hélio Costa, defendeu a inclusão das empresas de telefonia móvel no programa e a revisão da Lei Geral de Telecomunicações (LGT) para a utilização dos recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) neste processo.

No fim de março, o ministro Franklin Martins, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, confirmou que o governo estaria acertando os últimos detalhes jurídicos para alterar o atual Plano Geral de Metas para a Universalização (PGMU), que obriga as companhias a instalarem Postos de Serviços de Telecomunicações (PSTs), plano ao qual as empresas estão submetidas pelos contratos de concessão. Na prática, estas obrigações sejam substituídas pela oferta de acesso à internet banda larga às escolas e a demais órgãos públicos.

Se forem cumpridas as previsões divulgadas em 2007 para a democratização do acesso à internet, a expectativa é que sejam investidos R$ 1,430 bilhões, sendo R$ 550 milhões de recursos das empresas de telefonia. O restante viria do Fust e do Orçamento da União.


Fonte: O Globo

Linux fica mais fácil de instalar

Nova versão da distribuição Ubuntu roda no CD e pode ser instalada a partir do Windows

Contagem regressiva para o lançamento da nova versão de uma das distribuições Linux mais amigáveis, e adotadas do mundo. Na próxima quinta-feira, 24 de abril, chega ao mercado a versão final do Ubuntu 8.04, agora com atrações a mais para quem sempre quis experimentar o Linux, mas teve medo de causar algum dano ao computador. O sistema também roda a partir do CD, sem instalação alguma, e pode ser instalado a partir do Windows, sem danificar o atual sistema operacional.

“O objetivo é simplificar ao máximo a instalação, que parece ser a maior barreira para os novos usuários. Se ele errar ao particionar o disco e perder os arquivos que tem, ele desiste do Linux para sempre”, explica o administrador de sistemas Licio Fernandes, 22 anos, membro do conselho de representantes dos desenvolvedores Ubuntu no Brasil.

Com o assistente de instalação Wubi, a etapa de particionar o disco rígido é eliminada. O primeiro passo é baixar o arquivo ISO de graça na Internet e gravá-lo em CD. Para experimentar o sistema operacional livre sem instalá-lo, inicie o computador pelo CD. O processo exige mais memória RAM, o desempenho é inferior, e não é possível alterar configurações, mas dá para salvar os arquivos criados e alterados em disquete, CD ou pen drive.

A instalação a partir do Windows é ainda mais fácil. Coloque o CD no drive e escolha a opção para instalar o Ubuntu dentro do Windows, o espaço que será ocupado no HD, nome do usuário e senha. O sistema operacional é instalado como um programa qualquer. “Na verdade, o Wubi cria um arquivo dentro do Windows e ali instala o Linux”, explica Licio.

E pode ser desinstalado como tal no Painel de Controle. A instalação tem 724,2 MB. O sistema ocupa cerca de 2 GB, mas é bom reservar espaço para os arquivos que serão criados e gravados.

APLICATIVOS PARA NAVEGAÇÃO, TRABALHO E LAZER

O Ubuntu 8.04 traz um pacote de programas para acessar a Internet e tarefas de trabalho e lazer. Entre os atualizados estão o browser Firefox Beta 4, o cliente de e-mail Evolution, o cliente de torrents Transmission e o gravador de CD e DVD Brasero, que tem recursos similares ao popular Nero. Também estão lá o OpenOffice (para textos, planilhas e apresentações) e o Gimp, para edição de imagens. Um dos aplicativos que chamam a atenção é o simpático PidGin, para mensagens instantâneas. Ele é compatível com todos os protocolos (como MSN, GoogleTalk, Yahoo, entre outros) e permite reunir todos os contatos de todas as redes num só lugar.


Fonte: O Dia