29 junho 2008

Caxias abre mais de 6 mil vagas em cursos gratuitos

Quem quer se qualificar pode aproveitar a oportunidade. A partir de amanhã, a Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico e Social de Duque de Caxias (Fundec) oferece 6.265 vagas em cursos gratuitos de inglês, espanhol e informática.

Para participar das aulas de idiomas — no total, são três meses de treinamento, é preciso ter mais de 16 anos de idade e a 7ª série do ensino fundamental completa. Os cursos de informática, que tem duração de um ano e meio, exigem idade mínima de 14 anos e a 4 série.

Como se cadastrar

As inscrições podem ser feitas em uma das 22 unidades do Centro Avançado de Ensino Profissionalizante
(veja alguns endereços abaixo). Segundo a Fundec, as aulas vão acontecer nos turnos da manhã, tarde e noite. Mais informações podem ser obtidas de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, pelo telefone: (21) 2672-5650.


Alguns endereços
Campos Elísios (Avenida Actula 583, sobrado); Centenário (Rua Carlos de Matos 156); Centro (Rua Odete Costa Barros 81); Jardim Gramacho (Avenida Monte Castelo 996); Jardim Primavera (Rua 2, 1.040); Gramacho II (Avenida Rio Branco 1.176) e São Judas Tadeu (Rodovia Washington Luiz 82 A).

O que levar
Para se inscrever, os candidatos devem apresentar duas fotos 3x4, cópia do comprovante de residência e certidão de nascimento ou carteira de identidade.

Fonte: O EXTRA

27 junho 2008

Brasil bate marca de 40 milhões com acesso à web, diz pesquisa

Recorde em maio foi de 41,565 milhões de usuários, segundo Ibope/NetRatings.
Acesso residencial também foi o maior já registrado, com 35,5 milhões de pessoas.
O Brasil registrou no mês passado número recorde de 41,565 milhões de pessoas com acesso à Internet, ultrapassando a barreira dos 40 milhões de internautas pela primeira vez, segundo pesquisa realizada pelo Ibope buscar/NetRatings.

A empresa, que mede a internet brasileira desde setembro de 2000, informou ainda que o número de internautas com acesso à web em casa também foi o maior já registrado, chegando a 35,5 milhões de pessoas. Segundo o coordenador do estudo e gerente de análise da empresa de pesquisa, Alexandre Magalhães, o crescimento acelerado do mercado de informática no Brasil e avanço nas políticas públicas referentes ao acesso à rede são os principais fatores por trás dessa contínua expansão da Internet no Brasil.

"São dados positivos... E refletem as políticas públicas de abertura de pontos de acesso à internet em escolas... além da avalanche de facilidades para adquirir computadores novos... por causa da concorrência entre os fabricantes de computador", afirmou em comunicado divulgado à imprensa.

No mês passado, 23,1 milhões de pessoas navegaram pela web pelo menos uma vez em suas residências, número 29% maior que em maio de 2007 e também recorde.

A pesquisa aponta também que o brasileiro continuou a ser o internauta residencial que navega por mais tempo dentre os dez países acompanhados pela Nielsen/NetRatings.

O usuário brasileiro navegou por 23 horas e 48 minutos, em média, no mês passado à frente de países mais desenvolvidos como Japão e Estados Unidos.

Fonte: G1

26 junho 2008

Começam as obras do Arco Metropolitano

O governador Sérgio Cabral, acompanhado do vice-governador e secretário de Obras, Luiz Fernando Pezão, deu início à construção do Arco Metropolitano na manhã desta quinta-feira, em uma fazenda de Seropédica, na Baixada Fluminense. Animado com o futuro de progresso que a obra representa para a Região Metropolitana, especialmente a Baixada, Cabral chegou até a pilotar uma motoniveladora.

O Arco Metropolitano é a obra estratégica mais importante do estado. O projeto foi elaborado há cerca de 30 anos e será fundamental para o desenvolvimento da Região Sudeste. A construção faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e está orçada em cerca de R$ 800 milhões. Segundo os engenheiros do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), o Arco permitirá a exploração do potencial do Porto de Itaguaí e criará uma alternativa de desenvolvimento social e econômico, uma vez que induz novos empreendimentos na região.

O início das obras aconteceu em um terreno cedido por uma empresa, a Coquepar, que está se instalando à margem da futura rodovia. Segundo o diretor superintendente da empresa, Rubens Novicki, a escolha do local levou em conta exatamente a proximidade com o Arco e com uma ferrovia que liga os estados de Minas Gerais e São Paulo ao Porto de Itaguaí.

Depois de a licença ambiental ser autorizada, na semana passada, pela Comissão Estadual de Controle Ambiental e pela Feema, os funcionários do DER iniciaram a montagem do canteiro de obras. Os trabalhos irão se estender por 145 km, sendo um trecho virgem a implantar (76 km), dois trechos a serem duplicados (47 km) e um trecho sob regime de concessão (22 km).

O Arco Metropolitano irá atravessar os municípios de Itaboraí, Guapimirim, Magé, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Japeri, Seropédica e Itaguaí. O primeiro segmento da via, a ser duplicado pelo Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), compreende um trecho da BR-493 de 25 quilômetros, que vai do entroncamento da BR-101, em Manilha, ao entroncamento com a BR-116, em Santa Guilhermina.

O segundo segmento, já pronto, é de responsabilidade da concessionária. Trata-se do trecho da BR-116, com 22 quilômetros, que vai do entroncamento com a BR-040 em Saracuruna, Duque de Caxias, ao entroncamento com a BR-493, em Santa Guilhermina.

O terceiro segmento, o maior de todos, com 70,9 quilômetros , será construído pelo Estado. O trecho vai do entroncamento da BR-040 (Rio-Juiz de Fora), em Duque de Caxias, ao acesso ao Porto de Itaguaí, na BR-101, cortando as rodovias BR-040, BR-465 (antiga Rio-São Paulo), BR-116 (Via Dutra) e BR-101 (Rio-Santos).

O quarto trecho, de 22 quilômetros, fica na BR-101 (Rio-Santos) e está sendo duplicado pelo Governo Federal. Este vai de Itacuruçá à Avenida Brasil (altura de Santa Cruz, Zona Oeste do Rio).

A RJ-109, projetada pelo DER, constitui a principal ligação complementar do anel rodoviário. A rodovia é um dos mais importantes trechos viários do Rio de Janeiro, ligando o município de Duque de Caxias a Sepetiba. O projeto será ainda constituído por uma rodovia em pista dupla que interligará as rodovias federais BR-101, 116, 465, 040, 116 e 101, facilitando o trânsito entre o Rio e os estados de São Paulo, Espírito Santos, Minas Gerais e Bahia.

Fonte: O DIA

22 junho 2008

Ensino em queda livre

Educação no País melhorou, mas as escolas do Rio pioraram

Na prova final, o Rio foi reprovado mais uma vez. Resultados do Ideb 2007 (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), disponíveis a partir de hoje, revelam que, enquanto a Educação no Brasil apresentou pequena melhora em relação ao exame de 2005, o mesmo não aconteceu com o ensino fluminense. Na contramão da tendência nacional, o nível da educação pública por aqui é dramático: o município mais bem colocado do estado é Aperibé, na 95ª posição, e a capital amarga o vergonhoso 1.419º lugar. No Ideb 2005, Trajano de Morais era o 53º colocado e o ensino carioca estava na 1.056ª posição.

Num panorama geral, os números divulgados pelo Ministério da Educação mostram que a rede estadual não avançou e manteve as médias de 2005 no Ensino Médio (2,8) e no segundo segmento do Ensino Fundamental (2,9). As notas estão bem aquém da média mínima (6) e, como outros estados melhoraram seu desempenho, o Rio caiu do 15º para o 17º no ranking nacional do Ensino Médio, e do 13º para 20º lugar de 5ª a 8ª série.

Entre as 100 piores escolas do País, 23 são do Rio e 18, estaduais. As melhores colocações continuam com a rede federal. Entre os municípios, os da Baixada permanecem na lanterna e as cidades do Interior seguem dando exemplo de qualidade.

BAIXADA TEM CINCO CIDADES ENTRE AS PIORES

Na lista das 20 piores cidades do estado em qualidade de ensino de 1ª a 4ª série, cinco são da Baixada: Belford Roxo, São João de Meriti, Duque de Caxias, Itaguaí e Japeri. Quando se trata do segundo segmento do Ensino Fundamental, engrossam a lista Queimados, Nova Iguaçu e Nilópolis. São Gonçalo e Magé aparecem nas duas.

A péssima avaliação causa tristeza e preocupação nos estudantes. A doméstica Rose Alves, 34 anos, e o filho, Pablo Rodrigo Alves Torres, 13, cursam a 8ª e a 5ª série, respectivamente, no Ciep Aurélio Buarque de Holanda, Nova Iguaçu. A unidade é uma das 100 piores escolas do País. Apesar dos elogios de Pablo, Rose já pensa até em pedir a transferência dos dois para outra escola. “O ensino é muito fraco. Alguns professores não conseguem explicar a matéria com clareza, sobretudo Matemática, e isso prejudica nosso aprendizado. Só há duas semanas comecei a ter aulas de História e Geografia”, reclamou.

Na Escola Dr. Ricardo Azeredo Vianna, em Caxias, também entre as 100 piores, a aluna da 7ª série Débora Ribeiro, 13, queixa-se dos constantes tempos vagos. “Alguns professores faltam muito. Isso compromete nosso rendimento”, opinou.

Resultado reflete falta de planejamento

Para especialistas, a História recente do ensino fluminense explica o desastroso desempenho do estado no Ideb. “Há anos vivemos uma crise de projetos. As políticas de educação não têm continuidade, a secretaria muda de mãos todo ano, faltam professores.
Os resultados do Ideb são um retrato resumido disso”, aponta Bertha do Valle, professora da Faculdade de Educação da Uerj.

O subsecretário estadual de Ensino, Rafael Martinez, concorda que o baixo desempenho das escolas estaduais é fruto da falta de investimento adequado: “Vamos fazer nossa própria avaliação e no fim do ano teremos um plano de gestão para cada escola. Trabalharemos particularmente cada realidade. Tenho certeza de que isso refletirá positivamente na próxima avaliação do MEC”.

A tímida evolução do País em relação aos resultados de 2005 não devem ser motivo de comemoração, segundo a professora de Educação Miriam Paura. “O crescimento é muito pequeno em relação às metas do MEC. Não dá para comemorar”, avalia.

Rede federal do Rio mantém as boas notas

Nem tudo é notícia ruim para os fluminenses. No topo da lista nacional das escolas municipais está a E. M. de Formação Professor Governador Portela, em Miguel Pereira, mantendo a performance de 2005. A unidade é a 6ª melhor do País entre as escolas de 5ª a 8ª série, ficando atrás de duas federais do Recife, uma de Salvador, do Colégio de Aplicação da UFRJ e do Colégio Pedro II, ambos também federais.

Melhor colocado do Rio no ranking nacional do segundo segmento do Ensino Fundamental, o CAp-UFRJ se consagra novamente como uma ilha de excelência. “É maravilhoso saber que estudo na melhor escola fluminense do País. Tenho orgulho. Vim de uma escola municipal e meu sonho era passar pro CAp. O nível de ensino e de cobrança é muito mais elevado, e sei que meu esforço aqui terá resultado no futuro”, admite Bruna de Luna, 15, aluna do 1º ano do Ensino Médio.

Fonte: O Dia

12 junho 2008

Ricos em petróleo, pobres em Educação

Os municípios do Rio que mais lucram com a fonte de energia não alcançam nem nota 5 no índice do MEC que mede a qualidade do ensino

O Estado do Rio, maior produtor de petróleo do País, tem indicadores de qualidade em Educação comparáveis a municípios do Nordeste. Apesar da receita extra com royalties e o aumento nos investimentos em Educação — R$ 4,09 bilhões — os municípios, encabeçados por Campos, com maior participação na receita do petróleo não conseguiram alcançar média 5 no Ideb, índice de avaliação educacional do Ministério da Educação (MEC), que oscila numa escala de 0 a 10. Os dados estão no anuário estatístico divulgado ontem pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

Campos, no Norte Fluminense, teve a maior participação nos royalties, em 2006: R$ 847,8 milhões. No entanto, as escolas da rede municipal amargaram o pior desempenho em Educação (2,9), só comparável a estados pobres como Sergipe e Ceará. No extremo oposto, Trajano de Moraes conquistou o primeiro lugar no Estado do Rio, com a média 5,4, recebendo apenas R$ 3,49 milhões do petróleo.

“Não adianta gastar mais se não há resultado nos indicadores de Educação. É jogar dinheiro fora”, afirma Alberto Jorge Mendes Borges, economista e diretor da Aequus Consultoria, empresa responsável pelo estudo. Segundo ele, o volume de recursos aplicados na Educação tem pouca influência na qualidade do ensino: “O pagamento de royalties melhorou as finanças dos municípios, os dados comprovam isso. Mas em Educação os indicadores são muito ruins. As prefeituras precisam desenvolver projetos pedagógicos e investir na qualificação dos profissionais”.

A Secretaria Municipal de Educação de Campos afirmou que os índices não se referem à atual gestão, que acabou com a aprovação automática e tem investido na capacitação de professores. Por outro lado, o levantamento reforça a tese de que basta uma boa gestão para oferecer ensino de qualidade. Miracema foi a cidade que menos gastou em todo o estado (R$ 1.285 por aluno) mas obteve nota 4,9, uma das cinco primeiras. Também é o caso de Trajano de Moraes (5,4), São José de Ubá (5,4), Aperibé (5,1) e Santa Maria Madalena (5). Miguel Pereira ficou com o primeiro lugar no Prova Brasil, avaliação do MEC que mede o aprendizado em Português e Matemática, entre os 92 municípios fluminense. Cada aluno, como os da Escola Municipal São Judas Tadeu, custa R$ 2.316 por ano. Todas tiveram desempenho acima da média.

O Município do Rio investiu 3,2% mais — R$ 1,61 bilhão —, embora menos que em 2005, quando os gastos em Educação haviam crescido 5,5% em relação ao ano anterior. O prefeito Cesar Maia acha que a diferença está na quantidade de alunos. “O Rio tem 1.060 escolas, Aperibé tem uma ou duas. O Rio recebe 65 milhões de royalties, mas aplica na Educação R$ 1,6 bilhão”, argumenta Cesar.

FALTAM LIVROS E UNIFORMES

Município da Baixada que mais recebe royalties, Caxias também não teve bom desempenho no Ideb: 3,3. A secretária de Educação, Selma Silva, atribui o baixo desempenho da cidade ao boicote à Prova Brasil organizado pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino (Sepe/Caxias) em 2005. “Tenho certeza de que, com os investimentos na qualificação dos profissionais e reformas de unidades, estamos mudando esse retrato”, afirmou.

Apesar disso, alunos do Ensino Fundamental reclamam do estado de algumas unidades e do atraso na entrega dos livros didáticos, feita pela União. A secretaria informou que vai verificar a demora.

Entre 2005 e 2006, São Gonçalo investiu menos R$ 5,4 milhões em Educação. A cidade — onde os professores da rede municipal estão em greve desde 5 de maio — tem a menor renda per capita do estado.

Alunos e professores sentem na pele a queda de 6,3% nas verbas. Os estudantes passaram três anos usando uma única camisa do uniforme porque a prefeitura só entregou novas ontem. “Minha camisa já estava pequena, toda esgarçada”, contou Gabriela Souza Penha, 12 anos, aluna da 6ª série do Colégio Municipal Ernani Faria. A Secretaria de Educação informou que houve atraso na licitação para compra dos uniformes e que ainda não teve acesso aos dados para comentar a crise.

Fonte: O Dia