20 agosto 2008

Computadores de volta às escolas

Secretaria Estadual de Educação começa hoje a reabrir centenas de laboratórios de Informática. Outras 130 salas serão criadas

Um ano e três meses depois de fechar grande parte dos atuais 600 laboratórios de informática por falta de profissionais, a Secretaria Estadual de Educação anunciou a reabertura de todas as salas e a criação de 130 em um mês. Os novos laboratórios, que começam a ser entregues hoje, custaram R$ 4,5 milhões ao estado. “Até o início do ano letivo de 2009 todos os 1.591 colégios da rede terão laboratórios de informática e acesso à Internet em banda larga”, garante o chefe de gabinete do órgão, Júlio da Hora.

A secretaria entrega simbolicamente, hoje, cinco dos 130 ‘kits laboratórios’, contendo 13 computadores, uma impressora e um switch (dispositivo que os liga em rede à Internet). A cerimônia será realizada às 14h30 no Maracanãzinho. Os demais kits serão entregues nos próximos dias nas escolas, mas os laboratórios só devem começar a funcionar em um mês, já que as unidades terão que ceder uma sala. Algumas terão necessidade de trocar a parte elétrica para a instalação.

Os novos computadores foram comprados graças a uma parceira entre as secretarias de Educação e de Governo com a Assembléia Legislativa, que destinou verba para a compra do material.

Grande parte dos 600 laboratórios — a secretaria não sabe precisar o número — já existentes ficou fechada porque os 998 orientadores tecnológicos (OTs) foram desviados de função para suprir a carência de professores nas salas de aula. Desses, 615 retornarão em 15 dias.

‘JEITINHO’ EM COPA
Um dos poucos colégios que não sofreram com a ausência dos OTs foi o Pedro Álvares Cabral, em Copacabana. Uma profissional conseguiu se manter no cargo e, para suprir a falta do outro, transferido, a direção contratou um instrutor.
Segundo Júlio da Hora, para abrir todos os laboratórios previstos até 2009 será necessário contratar novos orientadores tecnológicos, que são os responsáveis pelas salas e pelo desenvolvimento de trabalhos pedagógicos com uso da tecnologia. Ainda não se sabe exatamente quantos terão que ser convocados, mas ele acredita que com mil profissionais já poderá abrir todas as salas.
O retorno dos profissionais aos laboratórios se deve, segundo o chefe de gabinete, ao ingresso de 10 mil novos educadores na rede estadual, desde fevereiro.
“Quando assumimos, em fevereiro, havia deficit de 10 mil professores. Agora, conseguimos suprir a carência e, por isso, todos os orientadores interessados em retornar aos laboratórios estão voltando”, afirma Júlio.
Fonte: O DIA

19 agosto 2008

Quase 20% dos jovens brasileiros estão fora da escola e do mercado

Aos 19 anos, Bruna Tainara Paixão tem uma rotina puxada. Além de cuidar da casa e dos quatro irmãos mais novos, ela dedica parte do seu tempo às atividades da igreja que freqüenta. Organizar encontros de jovens e arrecadar alimentos para comunidades carentes são atividades que ela faz com freqüência. Trabalhar ou estudar, não.

Moradora da expansão do Setor O, uma das áreas mais pobres da periferia de Brasília, Bruna é um dos sete milhões de jovens brasileiros que não estudam e nem trabalham. Segundo uma pesquisa feita pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla), esse número corresponde a 19,9% dos brasileiros com idade entre 15 e 24 anos.

Ficar fora da escola e do mercado de trabalho não foi uma escolha de Bruna. Ela procura emprego desde que terminou o ensino médio, há dois anos, mas ainda não conseguiu entrar no mercado de trabalho. O sonho de obter o diploma em Fisioterapia ou Letras esbarra no orçamento familiar apertado. Como mora numa área distante do centro de Brasília, Bruna acredita que mesmo se conseguisse uma bolsa do Ministério da Educação não teria condições de se manter na faculdade:

- Aqui em casa nós temos muitos gastos. E, mesmo com uma bolsa, meus pais não teriam como pagar livros, passagem e comida.

Assim como Bruna, a maioria dos jovens sem ocupação têm renda familiar extremamente baixa. Julio Jacobo Waiselfisz, autor da pesquisa, explica que esses jovens deixam os estudos de lado para trabalhar e, como não têm uma boa formação profissional, acabam sem conseguir emprego. Para o pesquisador, a falta de perspectivas coloca o jovem em situação de risco. Diante da impossibilidade de comprar o que deseja e da falta de modelos para se espelhar, a criminalidade aparece como uma alternativa atraente:

- Há fortes pressões estimulando o consumo e, por outro lado, a sociedade não oferece exemplos edificantes: todo dia tem notícia de corrupção na TV.


Falta de políticas públicas eficientes voltadas para os jovens

O desejo de ter independência financeira foi a principal motivação de Osmir da Silva, de 22 anos, para explorar todas as oportunidades de trabalho que lhe foram oferecidas. Ele já trabalhou como garçom, copeiro, office-boy, assistente de cenografia e serviu por um ano ao Exército, mas está desempregado há cinco meses.

- Devido às circunstâncias, eu estou procurando o emprego que aparecer - diz com bom humor.

Osmir mora com a mãe, o padrasto e dois irmãos em Planaltina de Goiás, no entorno de Brasília. Ele quer cursar Psicologia mas para alcançar a meta tem que cumprir várias etapas: conseguir um emprego, ajudar a família e juntar dinheiro para a faculdade.

Sem se profissionalizar, as chances de Osmir conseguir um emprego são pequenas. Mesmo com o crescimento do emprego formal no país, os índices de ocupação entre os jovens não estão melhorando no mesmo ritmo que em outras faixas etárias. Eles não têm tudo que o mercado exige. Para Waiselfisz, não existem políticas públicas eficientes voltadas para os jovens e isso explica porque um percentual significativo de pessoas em idade produtiva está sem ocupação:

- Não dá para deixar como está. Tem que existir um esforço para qualificar mais o jovem para o mercado de trabalho ou colocá-lo dentro da escola.

*Jamila Tavares é da turma 2008 do Programa de Estágio Multimídia da Infoglobo

Fonte: O GLOBO

14 agosto 2008

Veja o que determina projeto de lei sobre estágio aprovado na Câmara

Projeto, que segue para sanção presidencial, estipula carga horária de acordo com cursos.
Além disso, após um ano estagiário terá direito a férias remuneradas de 30 dias.
O Projeto de Lei 2419/07, de autoria do senador Osmar Dias (PDT-PR), que regulamenta o estágio profissional, aprovado pela Câmara na noite de quarta-feira (13), limita a carga horária dos estudantes, prevê bolsa-auxílio e vale-transporte também para os casos de estágio não obrigatório e férias remuneradas de 30 dias. O projeto segue agora para sanção presidencial. Se sancionado, o projeto substituirá a lei de estágio que está em vigor há 30 anos.

Carga horária

A proposta estabelece jornada máxima de seis horas diárias e 30 horas semanais para

os estudantes de ensino superior, educação profissional e ensino médio. No caso de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental (na modalidade de educação de jovens e adultos), a carga horária máxima é de quatro horas diárias e 20 horas semanais. O estágio na mesma empresa ou instituição não poderá durar mais de dois anos.

Tipos de estágio

Ainda de acordo com o projeto, o estágio poderá ser obrigatório (quando a sua carga horária for requisito para aprovação e obtenção de diploma); ou opcional, dependendo do projeto pedagógico do curso.

Tanto em um caso quanto em outro, o estágio não criará vínculo empregatício, desde que sejam observadas as regras previstas no termo de compromisso assinado entre o aluno, a empresa ou entidade que ofereça o estágio e o estabelecimento de ensino. Mas se as regras forem desobedecidas pela empresa, ficará caracterizado esse vínculo para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária.


Férias

É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou
superior a um ano, período de recesso de 30 dias, que deve ser tirado de preferência durante as férias escolares. As férias devem ser remuneradas caso o estagiário receba bolsa-auxílio.


Empregador

Poderão oferecer estágios empresas privadas, órgãos da administração pública direta, autarquias e fundações de todas as esferas e poderes, além de profissionais liberais de nível superior devidamente registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional.


O projeto ainda estipula o número máximo de estagiários em relação ao quadro de funcionários das empresas ou entidades que oferecem o estágio. Se a empresa tem de um a cinco empregados, o máximo é de um estagiário; de seis a dez funcionários, até dois estagiários; de 11 a 25 empregados, até cinco estagiários; e acima de 25 funcionários, até 20% de estagiários.


Fonte: G1

08 agosto 2008

Problema operacional no ramal de Saracuruna deixa passageiros de trem irritados

Um problema operacional ocorrido na manhã desta quinta-feira, num trem do ramal de Saracuruna, deixou os passageiros irritados. De acordo com pessoas que estavam na composição, teria ocorrido um curto circuito na parte elétrica do trem, que estava parado na estação da Penha, e seguiria para a Central do Brasil.

De acordo com testemunhas, o problema ocorreu às 9h08m e somente às 9h42m o trem conseguiu seguir viagem. Um grupo teria tentado receber o dinheiro de volta para tentar seguir viagem de ônibus, de acordo com eles, teriam tido o direito negado pela empresa.

De acordo com a Supervia, empresa que opera o sistema de trens, o intervalo entre as composições é de 20 minutos e, como não há caixa forte em todas as estações, nem sempre há dinheiro para ressarcir todos os passageiros. Ainda de acordo com a concessionária, os passageiros tinham como opção aguardar o trem que viria em seguida.

A Supervia negou ainda que tenha ocorrido um curto circuito na composição do ramal de Saracuruna. De acordo com a empresa, houve um problema operacional causou o atraso na viagem do trem.

Fonte: O GLOBO

Rio, 3º pior no Ensino Superior

Só Alagoas e Distrito Federal concentram mais cursos com notas mínimas no exame do MEC

O Estado do Rio teve a terceira pior avaliação no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) em todo o País. O Rio ficou atrás somente de Alagoas e do Distrito Federal, entre os estados com o maior número de instituições com notas 1 e 2 no Conceito Enade.

O resultado nas áreas de saúde, agrárias e serviço social leva em consideração apenas o desempenho do provão aplicado, em novembro, a 190 mil estudantes. Dos 240 cursos de Ensino Superior avaliados pelo Ministério da Educação (MEC) no Rio de Janeiro, 76 (31,7%) obtiveram notas 1 e 2 em uma escala de 1 a 5.

No ranking nacional das instituições com as melhores faculdades e universidades, a posição do Rio cai 11 posições. O estado ocupa o 14º lugar na lista com maior percentual de cursos com notas máximas. Do total, só 39 cursos (16,3%) obtiveram conceitos 4 e 5, desempenho inferior ao Acre, Ceará, Piauí e Amazonas.

São Paulo ficou em 18º lugar. O Rio Grande do Sul é o estado com mais cursos com as notas máximas. O exame avaliou faculdades das áreas de Agronomia, Biomedicina, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Serviço Social, Tecnologia de Radiologia, Tecnologia em Agroindústria, Terapia Ocupacional e Zootecnia.

Cursos com conceito preliminar 1 e 2 foram reprovados pelo MEC. Os que tiraram 3 atenderam os requisitos para funcionamento. Já os que levaram nota máxima (4 e 5) são considerados referência nacional, como é o caso da UFRJ, Uerj e Uenf. O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a fiscalização dos cursos será mais rígida. O próximo passo será enviar comissão de especialistas às instituições com pior resultado. As vistorias técnicas devem começar em um mês, segundo o ministério. Elas vão verificar se as condições das escolas diferem da mostrada pelos indicadores. Caso o conceito continue baixo, será aberto processo para analisar fechamento do curso.

Nas públicas, maioria pagou Ensino Médio

Pela primeira vez, participantes do Enade avaliaram as condições das instituições e a qualificação de seus mestres. De acordo com questionário socioeconômico, a maioria dos estudantes das universidades e faculdades particulares precisa trabalhar para ajudar no sustento da família. Já nas públicas, a maior parte tem o suporte dos pais para estudar. Outro dado que chama a atenção é a escolha do material pedagógico usado em sala de aula.

Enquanto nas públicas os professores utilizam livros e manuais, nas instituições privadas é mais comum o uso de apostilas e resumos. Também é grande o número de alunos nas universidades públicas que faz uso da Internet nos trabalhos e pesquisas. Entre os das particulares, a principal fonte de consulta são as bibliotecas da própria instituição.

Confirmando uma tendência, o estudo revela que, embora as públicas tenham só 22% dos universitários, 43% deles fizeram todo o Ensino Médio em colégios particulares. As instituições privadas de ensino superior recebem 78% dos jovens — 48% de escolas públicas.

CINCO CURSOS DE MEDICINA NA MIRA DO MEC

Um em cada quatro médicos no Estado do Rio se forma todos os anos em instituições que não têm condições de funcionar com qualidade. Dos 14 cursos de Medicina em faculdades fluminenses, cinco tiraram 1 e 2, no novo conceito criado pelo MEC (Conceito Preliminar de Curso). São os da Universidade Gama Filho; da Universidade Iguaçu (Itaperuna e Nova Iguaçu); Universidade Severino Sombra, em Vassouras; Centro Universitário de Serra dos Órgãos, e Centro Universitário de Volta Redonda. Todos eles estão na mira do Ministério da Educação. Em todo o País, 27 dos 153 cursos de Medicina foram reprovados. Apenas quatro obtiveram a nota 5, entre eles o da UFRJ.

O superconceito, como vem sendo chamado, avalia o desempenho dos alunos no Enade, titulação dos professores e instalações das faculdades, como bibliotecas e laboratórios. A Gama Filho informou que vai intensificar o ensino da disciplina Saúde Coletiva em todos os cursos de Saúde. O novo conteúdo programático terá mais atividades relacionadas à assistência à comunidade e à promoção em saúde.

Fonte: O Dia