30 maio 2008

Parceria do futuro?

Padrinhos educacionais: casos de empresas brasileiras que investem em escolas de ensino médio


Cento e setenta e seis alunos do ensino médio da rede pública de ensino do Rio vão experimentar um novo modelo de educação no qual as ferramentas pedagógicas terão como base o uso de tecnologia de ponta. A metodologia em questão será aplicada no Colégio Estadual José Leite Lopes, um dos três pilares do Núcleo Avançado em Educação (Nave), projeto desenvolvido pela secretária de Educação do Estado do Rio, em parceria com o Oi Futuro - braço social da Oi . Além da escola, funcionarão no prédio do núcleo um centro de pesquisa e inovações, voltado para busca de novas soluções de ensino, e um espaço para exposições e seminários.

A oportunidade de estudar em um colégio finaciado por grandes empresas brasileiras não é exclusividade dos alunos do Nave. Outro exemplo é a Embraer, que mantém, há seis anos, 600 estudantes oriundos da rede pública de São José dos Campos, em uma escola de ensino médio.

De acordo com secretária de Educação do Rio, Tereza Porto, no colégio do Nave, os alunos terão aulas de todas as matérias regulares do currículo, com a diferença de que elas serão ministradas "através de ferramentas pedagógicas baseadas em tecnologia, como games e outros programas de computador".

- Os professores podem ensinar história do Brasil através de games e datashow, por exemplo. O grande desafio é fazer com que a nossa educação evolua dentro da sociedade do conhecimento dos dias atuais, para que a gente possa educar jovens antenados com a visão moderna do mundo. O Nave servirá como projeto piloto para que possamos implementar a metodologia em outras escolas da rede - finalizou a secretária.



Além das disciplinas curriculares, o Nave oferecerá acesso à cultura digital através de aulas de programação de jogos, criação de conteúdo para TV digital, desenvolvimento de roteiros interativos, criação e manipulação de som e imagem, entre outras.

- As escolas da atualidade não dialogam com seu tempo, nem com a linguagem do jovem contemporâneo. Nossa intenção é mudar essa relação. Os alunos vão participar do processo de programação do conteúdo daquilo que vão aprender, dando sugestões e apresentando idéias - explicou Samara Werner, diretora de Educação do Oi Futuro, que investiu cerca de 8 milhões no projeto.

Para garantir a multiplicação do modelo, o centro de pesquisa do Nave vai desenvolver e aprimorar, em parecerias com outras instituições de ensino, a metodologia adotada na escola. Os salários dos professores e a merenda escolar são de responsabilidade da secretaria de Educação. A meta do colégio é atingir a capacidade de 600 alunos em três anos.

Fonte: Globo Online

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